Mesmo que a vida te leve
Mais cedo que eu
Eu quero sempre lembrar me
De ti ao pé de mim
Mesmo que o tempo acabe
E a história fique por escrever
Eu volto noutra vida
e escrevo só para te ver
Entre a vida e a morte está uma linha ténue
Tão ténue quanto o que separa o amor da dor
Ou da dor de sentir, da dor de amar.
Tenho tantas canções na minha cabeça
Poemas sem fim,
E um rol de letras inacabadas...
A conexão entre elas são os meus demónios,
os pensamentos assoberbados...
Aqueles que têm acompanhado a minha mente ao longo dos anos
O Fernando dizia não ser nada,
contudo, para mim já foi tudo
O único que conseguiu tocar a minha alma.
Tenho a cabeça tão cheia
que mais parece que eu vou rebentar
Tanto para dizer, mas tão pouca vontade de falar
Tenho letras espalhadas na minha cabeça
Frases soltas à espera que a conexão apareça.
Muito coração e pouca razão
"Calma", dizem eles,
Mas quem tem alma, não tem calma.
E eu sinto muito, mas não...
Eu não sei não sentir nada
Sinto sempre tudo e nunca o nada
O que é que eu posso fazer?
Teria tanto que escrever!
Das palavras que deixámos por dizer,
Às aventuras que ficaram por viver...
Mas mesmo que o tempo te leve
E que entres na balsa de Caronte antes de mim
Escreverei mil e um poemas
E contarei a nossa história a todos depois de mim
E se no dia que eu expirar
a história do nosso amor continuar por contar
E volto noutra vida,
para te poder encontrar.
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