sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Poema à Beira Mar

Dizem que da dor nasce a arte
Que não fosse eu artista, 
E não sentisse esta dor...
Porque mesmo na tua partida,
Vou continuar a amar te 
E a sentir o teu abraço
Repleto de amor.
Choro à beira mar
Para a tristeza partir,
E as minhas lágrimas 
O mar levar...

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Memórias daquela madrugada

Era noite cerrada e no horizonte só se via o nevoeiro, a chuva miudinha batia contra a janela da sala, era meia noite, três horas tinham passado e ele ainda não tinha voltado, disse que não demorava que era só um convívio de amigos lá da tropa, mas cá dentro eu sabia que algo mais se passava, pois um medo sombrio assolava a minha alma. Perguntei-lhe onde era o encontro mas fugia de me dar uma resposta como o Diabo foge da cruz, apenas me disse "Logo saberás...", deu-me um beijo e saiu.
Já se sentiam os ventos da mudança há algum tempo, apesar de desejar tanto quanto ele que as coisas ganhassem um novo rumo no fundo tinha receio, medo que ele se metesse de novo em sarilhos com a polícia política, já tinha sido um bico de obra, meses antes trazê-lo de volta lá da sede deles no Chiado. Passavam cerca de 20 minutos depois da meia noite quando me bateram à porta, era a dona Elvira do 1º andar estranhamente animada e ansiosa "liga a telefonia filha!" dizia, "mete na Renascença...está na hora minha filha!" meio confusa, atendi ao seu pedido, não estava a compreender nada do que estava a acontecer naquele momento, não me agradava muito a ideia de ligar o rádio, na realidade até disso tinha medo (afinal ainda na semana passada a PIDE tinha passado a nossa porta todas as noites, deviam de andar a ver se estávamos a ouvir a Rádio Moscovo provavelmente), a única coisa que sabia é que tinha a ver como meu Manuel e isso não me deixava o coração sossegado.
Apesar de inquieta e extremamente confusa lá liguei o rádio e foi então que percebi a alegria desmedida que se refletia na cara da dona Elvira, pela voz de Zeca Afonso soava bem alto na Rádio Renascença "Grândola, Vila Morena", e ali eu soube que os rumores eram verdade, os dados já tinham sido lançados e o plano já estava em andamento, o nevoeiro não anunciava a chegada de D. Sebastião mas trazia a primeira brisa de liberdade.
 
Nunca tinha conhecido outro modo de vida sem ser aquele, beijar o meu namorado só às escondidas pois corria o risco de levar uma coima e ficar com a cabeça rapada, não podíamos pensar e muito menos falar, não podia ler os livros que queria nem mesmo ouvir a música que me apetecia, na rádio, na TV e nos jornais só passavam programas e só era escrito o que fosse aprovado pelos agentes de censura e pelo seu “lápis azul”, ter opiniões diferentes era um risco e mais ainda se fossem contrárias ao regime, as pessoas nem se podiam juntar em grupos para falar ou trocar opiniões sem correrem o risco de ser presas.

Nós mulheres, estávamos ainda mais limitadas! As mulheres casadas só podiam viajar para fora com autorização do marido e até a correspondência delas eles podiam abrir e pior se quisessem, os maridos podiam ir pedir aos patrões das esposas para que estas fossem despedidas e divórcio nem sequer era a opção nem mesmo se fossem vítimas de violência doméstica, eu e o Manel nem pudemos casar porque eu era enfermeira e na época esse direito estava vedado a todas as mulheres que fossem não só enfermeiras mas também as telefonistas e as hospedeiras e as professoras tinham de ter uma autorização do Governo para o poder fazer, a carreira não passava na zona onde vivia e eu tinha de ir a pé para o trabalho porque até para andar de bicicleta era preciso licença e eu não tinha, o direito ao voto só se tivéssemos o ensino secundário mas também não valia de muito votar pois as eleições não eram livres nem democráticas, enquanto andei na escola as raparigas e os rapazes não tinham aulas juntos nem podiam confraternizar e todos os dias à entrada da escola mediam a minha saia porque não podíamos ter os joelhos à mostra e nas aulas nem podíamos ter os braços descobertos, para podermos tomar banhos na praia tínhamos de estar quase tão vestidas como para andar na rua, ai da mulher que se atrevesse a usar bikini em vez de um fato de banho… Ser mulher era ser penas e só, submissa a tudo e todos e uma “máquina” de fazer e parir bebés, “Deus, Pátria e Família” diziam eles, e era só isso que importava e nada mais. 

No meio de tudo isto, posso dizer que até tive sorte pois tive um bom homem a meu lado que já na época pensava fora caixa e sempre me tratou como igual e não como inferior como a maioria de nós mulheres eram tratadas, mas ainda assim o medo era constante, medo de pensar, falar e às vezes até mesmo medo de simplesmente existir. 
As injustiças quanto ao simples facto de ser mulher eram mais que muitas e uma realidade bastante vincada, a vida era assim e eu não conhecia outro tipo de realidade até aquela madrugada chegar.
Até à chegada daquela madrugada eu só sobrevivi.

Enquanto tentávamos ouvir mais alguma informação nas outras estações de rádio ao sintonizar na Rádio Clube Português, eu e os vizinhos (que entretanto se juntaram a mim e à dona Elvira para ouvir os comunicados através do único rádio do prédio, que era o nosso) ouvimos aquele que seria o primeiro comunicado oficial do MFA eram nesse momento 4h26 da manhã. Decidimos então, que os vizinhos mais idosos ficariam por enquanto em casa enquanto eu e os outros dois casais mais novos iríamos até à Rua Augusta, ao café do senhor João tentar saber mais novidades sobre as movimentações das unidades militares lá na zona onde morávamos. Mais e mais civis se juntavam nas ruas, muitos sem ainda perceber o que estava a acontecer e consequentemente com bastante receio de possíveis represálias caso tudo acabasse por dar para o torto.

Após uns momentos de impasse sobre o que haveríamos de fazer e para onde nos havíamos de nos dirigir ouvimos na rádio o quarto comunicado que se dirigia especificamente às forças de segurança e minutos depois o som da liberdade fez se ouvir no rugir dos tanques e jipes da coluna da EPC liderada pelo Cap. Salgueiro Maia, eram 5h50 quando montaram o cerco na Rua do Ouro e ocuparam o Banco de Portugal e a Rádio Marconi, ali mesmo nas nossas barbas a revolução a acontecer! Nós cinco "apanhados"sem querer onde tanto estava prestes a acontecer e foi então que no meio a multidão ouvi a voz do meu Manuel chamar pelo meu nome, "Alice!! Alice meu amor!!" e fiz o impensável, corri na sua direção, saltei para os seus braços e beijei o sem me preocupar se estava no meio da rua, no meio da multidão, se a polícia estaria a ver ou não, a liberdade tinha chegado e começava a ver se nos pormenores, nas pequenas coisas, nas conquistas que iam acontecendo passo a passo, não só ali em Lisboa mas um pouco por todo o país. O meu coração sossegou ao ter o meu Manuel novamente comigo, já tinha pensado em todos os cenários trágicos possíveis para justificar a sua ausência, estava feliz como eu nunca tinha visto, ele era um revolucionário nato, sempre em sarilhos por colar propaganda anti regime nas paredes das ruas e ruelas do centro de Lisboa já tinha levado tantas tareias da PIDE que cheguei mesmo a achar que o tinham apanhado e "calado" de vez, como fizeram com o meu primo Júlio uns meses antes, tinha apenas 20 quando o torturaram e espancaram até à morte. Enquanto contávamos um ao outro o que cada um tinha feito durante aquela madrugada, a passo acelerado, fomos seguindo os tanques e a multidão que iam descendo em direção ao Terreiro do Paço.

"Passei em casa para te ir buscar mas não estavas, fiquei desesperado a pensar que te tinham vindo buscar para te interrogar, mas a dona Elvira apareceu e contou me o que aconteceu, passei no café do senhor João, mas, até ele já tinha fechado a porta e saído à rua, foi então que me lembrei que um dos comunicados pedia ao pessoal médico para se dirigir aos hospitais e vinha avisar a malta que ia lá à tua procura....e foi quando te vi."

- “Com que então um encontro com os teus colegas da tropa... Devias ter me contado, fiquei tão preocupada!"

- "Era perigoso saberes, foi para te proteger, e a dona Elvira só sabia porque tem trabalhado connosco a passar informação, nunca ninguém desconfiou dela, afinal quem é que ia desconfiar de uma velhinha, por isso deixei-a encarregue de te passar a mensagem mas com o mínimo de informação possível, sabia que irias ter a coragem de sair à rua para saberes o que se passava!"

- "Ponderei bastante antes de sair de casa, tive tanto medo, mas a insistência da dona Elvira fez-nos decidir que vínhamos nós cinco mais novos, podia ser perigoso para ela e para os outros vizinhos mais idosos."

- "Sim fizeram bem, nem nós sabíamos ao certo como é que isto ia correr, graças Deus tem corrido tudo conforme o planeado e sem incidentes até agora, pelo menos...espero que continue assim, já chega de sangue derramado por causa deste regime, as coisas tinham de mudar."

- "E com isto tudo já são quase 6h da manhã..."

- "Dá-me a mão, não te quero perder no meio da multidão...Vamos!"

- "Mas vamos onde?"

- "Vamos para ao pé dos rapazes, eles estão à nossa espera, e além disso acredita...vais querer ver as coisas a acontecerem de perto!"


Eram 6h da manhã quando a Escola Prática de Cavalaria entrou no Terreiro do Paço e foi nessa altura que o Capitão Salgueiro Maia informou o Posto de Comando, "Informo que ocupamos Toledo, Bruxelas e Viena.", no mesmo momento caiu me a ficha e os meus olhos encheram se de lágrimas, mas desta vez eram lágrimas de alegria jamais pensei viver o suficiente para conseguir ver aquele momento chegar.

Até à chegada daquela madrugada eu só tinha sobrevivido, mas naquele momento sentia-me mais viva do que nunca! A liberdade acabava de chegar e tinha vindo para ficar. Naquela madrugada a minha vida mudou para sempre. Depois daquela madrugada chegar tudo mudou, o país foi liberto da ditadura, do medo e de todas as formas de censura. Depois daquela madrugada chegar o povo ganhou voz para se poder expressar.

Para mim 25 de Abril de 1974 está marcado como o primeiro dia do resto da minha vida, porque depois daquela madrugada eu deixei de sobreviver e aprendi a viver.

Alice

(Este é um conto ficcional baseado em factos verídicos)

terça-feira, 26 de março de 2024

A todas as "Auroras"...

"Prometo que foi a última vez, desculpa eu vou mesmo mudar" foi o que ela ouviu quando ainda estava caída no chão da sala, a tentar limpar o sangue que lhe escorria do nariz, com a ponta da manga do seu hoodie.

Já tinha perdido a conta das vezes que ouvira aquela frase, uma frase mais antiga que ela própria e que tantas outras também ouviram antes dela. 

Na sua cabeça, tentava lembrar-se de como é que tudo aquilo tinha começado, em que ponto da sua vida tinha havido tamanha falta de coragem que a tivesse impedido de se defender e impor da primeira vez que ele lhe levantou a mão, já nada lhe fazia sentido, tinha a cabeça a andar a roda e tudo o que se passou de seguida parecia uma cena de um filme em câmara lenta quando na realidade não passou de uma fração de segundos... 

Uma súbita força vinda dos confins da sua alma oprimida fizeram na levantar, e é aqui que começa o problema, pois o problema de todos os agressores é nunca contarem que vai haver um dia que a sua vítima vai reagir tal e qual como um animal selvagem ferido, e na vida selvagem vale tudo para sobreviver. 

Nem pensou, num impulso primitivo e selvagem limitou-se a sobreviver, pegou no cinzeiro de pedra, que se encontrava em cima da mesa de centro à frente do sofá, e deu com ele na nuca do seu companheiro. 

Caiu no chão inconsciente. Que frágil lhe parecera agora o seu habitual agressor, que fácil seria agora infligir toda a dor que ele lhe causou ao longo dos anos, que simples seria agora que ele se encontra nesta posição tão impotente e incapaz de se defender pegar a beata de um cigarro e apagá-la no seu tronco nu ou talvez no pescoço assim sempre ficavam com uma cicatriz a condizer, ou melhor aproveitar se do seu estado de inconsciência e abusar dele assim como assim nem se vai lembrar porque estava inconsciente, que mal teria? Podia continuar a bater-lhe, fazer-lhe as mesmas marcas que ele lhe foi fazendo nos últimos anos, podia, queria tanto, mas tanto, que lhe doesse tanto quanto a dor que ela sentia.

Podia ter feito tanta coisa...mas a porta, alguém tinha que bater à porta, naquele preciso momento em que na sua cabeça só lhe ocorriam variadíssimas maneiras de se vingar de toda a dor e violência, alguém lhe batia à porta, provavelmente o casal do 3º andar, devem ter ouvido o estrondo do corpo do seu marido a cair no chão,  abriu a porta e eles não perguntaram nada, mais uma vez só disseram "ouvimos te gritar" e foi nesse momento que a adrenalina que percorria o seu corpo desapareceu, as lágrimas começaram rolar pela sua face inchada e dorida assim como o sangue que lhe escorria do nariz novamente, começou a sentir tudo de uma só vez, as dores do corpo e as da alma, a mágoa, o arrependimento, a angústia e o medo. 

Aquele medo congelante que sempre a impediu de tomar uma atitude, medo que ele acordasse ainda mais furioso que antes, ou pior...medo que ele não acordasse de todo.

- "Tirem-me daqui, por favor!" Suplicou Aurora.

- "Acabou...já acabou, agora vais ficar bem" disse-lhe Marta, a vizinha, enquanto a abraçava.

- "Acabei de falar com eles, vão mandar o carro de patrulha e uma ambulância, e nós somos tuas testemunhas... foi em legítima defesa" Diogo fez questão de frisar bem a sua última frase, de forma a tentar transmitir alguma confiança a Aurora, que chorava compulsivamente.

- "Eu não queria....eu juro, mas ele...eu não queria...desculpem" soluçava sem conseguir articular uma frase seguida.

- "Desculpa de quê Aurora? A culpa nunca foi tua, agora tens de cuidar de ti, nós vamos te ajudar e tu vais ficar bem, ainda há esperança para ti e agora podes ser feliz"


E assim foi, ficou tudo bem, perante a justiça ficou provado ter sido em legítima defesa e com o passar do tempo as feridas do corpo foram desaparecendo, as da alma...essas demoram mais a sarar, mas eventualmente também irão passar.

Para Aurora houve o que se pode chamar de final feliz, ela conseguiu escapar das mãos do marido e das estatísticas...

E tu?

Vais fazer parte dos números anuais de vítimas mortais de violência doméstica?

E tu, que ouves os gritos ao longe desde o conforto do teu lar, vais ser uma Marta ou um Diogo? Ou vais continuar impávido e sereno a aumentar o som da TV  para fingir que não ouves os gritos?

E tu? Tu que devias ter vergonha nessa tua cara e não tens... Tu que juras mudar, que juras nunca mais lhe tocar, que acordaste tão diferente mas se logo a noite o jogo de futebol correr mal é a ela que vais espancar, porque no fundo quem mais jura mais mente.

Até quando? Até quando vamos ter de assistir a essas histórias reais?

Quantas mais vão ter de tombar e entrar para as estatísticas nacionais para que realmente se comece a fazer algo?

O caminho ainda é longo, muito se fez até aqui, mas ainda não chega, ainda temos muita luta pela frente.

Que nunca se calem as vozes que defendem os oprimidos e os que sofrem.

Que haja sempre uma Marta ou um Diogo por perto.

E a todas as Auroras desta vida, que nunca lhes falte a coragem.


Sombra

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Ele amou-a

Tantos que vieram dizendo que a amavam com promessas ocas, vazias de sentimento. Palavras apenas, que nunca nenhum cumpriu.

Mas ele amou-a.

Com todos os seus defeitos e lacunas do ser... Ele amou-a.

Como se ama alguém assim?

Com tanto por corrigir, tantos defeitos que nem ela gostava... Nunca tinha percebido na realidade o que ele tinha visto nela para a amar.

Até lhe ter perguntado e para sua surpresa ele ter dito que "desde o primeiro dia que ali tinhas entrado".

Nunca lhe tinha passado pela cabeça que em todos esses anos, (quase tantos como aqueles que ela tinha quando ali chegou), ele a via, notava-a no meio de tantas outras que por ali passaram, durante tanto tempo ele viu a com os olhos da alma e ela nem tinha dado por isso, de ocupada que sempre estava entre amores e desamores que a puxavam para o abismo escuro e sombrio, aquele abismo onde quase sucumbiu.

Foi aí que ele a encontrou, embrulhada num manto de medos e anseios, de olhar vazio de esperança e um set de Lego sem instruções no lugar do coração.

Talvez nem se tenha apercebido na altura, do tanto que foi com tão pouco que demonstrava, mas ela soube... 

Ela soube que ali estava segura, ali havia amor, nos gestos e atitudes, não só nas palavras, porque essas também já não lhe diziam muito, de tantas que o vento já lhe tinha levado todas as outras vezes. As palavras bonitas já não lhe faziam assim tanta falta como quando era uma miúda e sonhava.

E de que adianta sonhar se não for para tornar realidade? 

Por isso pegou no sonho, no amor que ele lhe deu e amou-o de volta.

Do sonho nasceu a realidade tão desejada, porque na sua simplicidade e compaixão ele amou-a e ela finalmente encontrou o Amor com que tanto sonhava.


Sombra


domingo, 11 de fevereiro de 2024

Simplesmente difícil

 Não sei mais que escrever. Por vezes falta a inspiração, é raro vir algo do coração. Já é tudo tão "cliché"... Palavras de amor já não têm o mesmo valor de tão gastas que estão. Será mesmo assim? Não sei, talvez com o tempo descobrirei. O amor é algo estranho e confuso. Só pode amar quem se ama a sí próprio, mas se te amares demasiado a ti próprio não vais ter espaço no teu coração para amar mais ninguém. É aqui que entra a dualidade das coisas... Para quê complicar o que é fácil? O ser humano tem uma certa tendência para ligar o "complicómetro", e se isso me irrita...oh como me perturba o estado de espírito pessoas complicadinhas! Porquê que não podem simplesmente aproveitar o que a vida dá? Sem questionar, sem "se's", sem esta insatisfação contínua onde nada chega, onde têm de ter tudo e o que mais houver.
Cada vez mais acho que o ser humano gosta de ser complicado, o mundo evoluiu, a humanidade expandiu os seus horizontes, primeiro além mar, mas como não chegou decidimos querer a lua e quando lá chegámos mesmo assim não chegou tínhamos maaaaais uma vez de complicar querer o que não nos pertence então agora vamos a Marte ou pelo menos tentamos... 
E agora, eu pergunto te, para quê que queres a lua e os seus mistérios, quando não sabes aproveitar o sol e a sua alegria de viver?
Quão arrogante podes ser ao ponto de pensar que podes ter a lua e o sol no mesmo céu?
Não entendes?? Que a lua e o sol quando se juntam só trazem a escuridão do eclipse?
E que eclipse... 
Era tão simples, é tão fácil não magoar os que nos rodeiam se "descomplicar mos", mas sempre gostaste de complicar e de desafios difíceis...
Tinhas o sol a alegrar os teus dias e a aquecer te a alma para poderes sobreviver à noite fria.
Porquê que tinhas de querer a lua??
A lua não aquece, não tem luz própria, é tímida e só aparece para aquele que sabe apreciar a sua beleza tal como ela é, a lua só pode ser apreciada por aquele que sabe aproveitar as coisas simples e descomplicadas da vida, por aquele que sabe aproveitar a solidão da noite. A lua é simples recebe a luz do sol e reflete a da melhor e mais bela maneira possível. Receber e dar de volta, sabes o que isso é?
No fundo é bem simples, cada um dá de si o melhor que tem, tal como a lua e sol.
Cada um nós quer o mundo, os caminhos além mar, o espaço e os seus corpos celestes...
Cada um de nós quer o seu papel principal nas linhas escritas pelo tempo, quando na realidade deveríamos simplesmente estar gratos por fazermos parte da história.
E tu? Tu..sempre tu, nunca te cansas? Não te chega já? Não tinhas já as tuas estrelas?? Porquê que quiseste o sol e a lua também se não sabias dar valor a uma constelação que era só tua?? 
Que necessidade tinhas tu de pôr em causa a luz quente do sol e o brilho resplandecente da lua? 
Pena que a tua arrogância e sede de querer não te deixaram ver que nem a Lua nem o Sol precisam de ti para absolutamente merda nenhuma.
O sol continua a aquecer e a iluminar o dia quer tu estejas ou não, e a lua continua a brilhar na sua noite mesmo que tu não a saibas apreciar.
O sol e a lua...a lua e o sol...e eu a divagar com tanto por dizer e tão pouco que consigo expressar.
Sorte a tua que não ouves o ruído ensurdecedor da minha mente, os meus pensamentos flutuantes que pairam na minha cabeça durante o dia e os sonhos que a ocupam durante a noite.
Que a tua ausência seja de vez e como o Tempo, eterna, e que tanto o sol como a lua na sua simples existência continuem a aquecer e a brilhar para todos aqueles que sabem descomplicar e apreciar a vida e a simplicidade das pequenas coisas.

Sombra

sábado, 28 de julho de 2018

Se Te Amo?

Se alguma vez alguém me perguntar se te amo, acho que nem preciso dizer uma única palavra...
O brilho dos meus olhos denuncia o meu Amor por ti.
Há quem diga que sou louca, completamente sem juízo...
Mas acho que já te disse que os loucos são os mais felizes, e eu que sou tão feliz contigo.
Já te disse que és o meu melhor amigo? Acho que já deves ter dado conta...
Porque uma relação é muito mais do que ●●● (E se nós percebemos bem desse tema), amor, amizade, confiança, fidelidade e honestidade, que sejam sempre esses os pilares da nossa relação.
Porque há lições dolorosas de aprender...
E sabes bem do que falo. 
Que tudo na vida sirva para aprendermos, que me continues a amar como eu te amo, que sejas essa pessoa linda e especial sempre ❤️
Vamos ser felizes do nosso jeito?
Porque ainda me lembro que no dia que te conheci, o meu coração parou, as borboletas invadiram o meu estômago e a minha respiração ficou suspensa "meu Deus...quem és tu é onde é que andaste a minha vida toda?!"
Por mais que tente nunca irei arranjar as palavras certas para descrever o meu amor por ti.
Não sei nada, viraste o meu mundo do avesso, com esse teu jeito de me amar, de cuidar de mim, de me mimar, de me proteger de tudo e de todos.
A única coisa que sei e que tenho a certeza, é que encontrei o amor da minha vida... Que és tu.
Ou ainda tinhas dúvidas sobre isso?!
Eu sei que não ;)
Então se me perguntarem se te amo... É isto ❤️


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

"Him & I" porque o resto é só isso mesmo... ❤

Perdi a conta aos beijos roubados e desejos calados. 
Se a boca cala o que sente o coração, os teus olhos gritam toda esta paixão.
Que posso eu dizer que já não te tenha dito?
Que podemos fazer para acalmar este sentimento aflito?
Aflito por se expressar, aflito para deixar mostrar.
Mostremos ao mundo então, com que cores pintamos a nossa vida.
Por que houve um tempo em que os meus dias eram cinzentos, sem cor... 
Até que um dia os nossos olhares se cruzaram, as estrelas beberam um copo e brindaram ao nosso amor!
E os meus dias, encheram se luz e cor como uma paleta de tons coloridos, vibrantes e brilhantes...
Ai como as estrelas beberam meu amor... 
Só nós sabemos como são bêbedas as nossas estrelas!
Mas sabes que mais? Ainda bem que assim foi...
Chega de uma vida cheia de "Amo-te" vazios e sem sabor!
Vamos dar cor à nossa vida e encher o nosso futuro de Amor.
Que me ames assim todos os dias, pois eu vou amar te assim "até que a morte nos separe"...
Porque sei que um dia diremos que "sim" um ao outro e se já é deste jeito agora... Nesse dia nada nem ninguém vai conseguir calar este amor!
Porque no final "it's Him and I" e quanto ao resto... É só isso mesmo ❤

Sombra Negra

domingo, 3 de dezembro de 2017

As estrelas beberam antes de escrever a nossa história...

Lembra te disto e nunca te esqueças..
Amo-te. 
Amo-te tanto, mas tanto que até te deixava mudar o meu último nome.
Sempre que te vejo fico tão feliz que nem caibo em mim, mesmo que seja apenas por breves minutos... sabe me sempre pela vida, é como encontrar um oásis no deserto!
Vieste aquecer o meu coração com esse teu jeito de me amar.
Devolves te me o sorriso e o brilho do olhar...
Deste cor aos meus dias e iluminaste a escuridão do meu ser. 
Cada momento que passo contigo, é como se ganhasse vida.
Os teus beijos são como uma lufada de ar fresco e o teu abraço é o que me faz saber que tudo isto é real e não só um sonho.
Meu Puddin...meu Babyboy...Amor da minha vida...Príncipe...minha Paixão... És meu mesmo não sendo. 
Porque apesar de não termos escolhido gostar um do outro, o Amor escolheu nos aos dois...
E as estrelas...? bem já sabes o que essas bêbedas fizeram...

Sombra

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

De braço dado com a saudade...

 Não sei quem inventou a saudade,
Só sei que quem a inventou nunca deve ter amado alguém
A cada dia que passa, a saudade abraça me e um bocadinho de mim morre com esse abraço fatal.
Os dias vão passando e com eles, a saudade aumenta e a tua presença diminui...
Sei que nada disto estava previsto, mas o facto é que aconteceu...
Os nossos olhos cruzaram se nos corredores e o teu sorriso levou o meu coração..
E agora amor, como resolvemos esta situação?
Só há uma maneira de matar a saudade...
Sabes como?
Com o teu abraço.
Mas até que chegue esse dia, eu espero aqui de braço dado com a saudade.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Quem nunca Amou que atire a primeira pedra...

Nem sei o que me deu, 
Ainda hoje não percebo o que fizeste comigo... 
Só sei que no dia que te vi o meu coração ficou contigo.
Fiquei à espera que no devolvesses mas em vez do meu deste me o teu...

E agora meu amor?
Como vai ser? 
Que será de nós que não nos podemos ter... 
Não sei que Fado iremos ter, 
mas deixemos o rio seguir o seu leito pra que juntos possamos ver 
o que irá acontecer.

Se é certo ou errado...
Quem nos pode julgar?
Quem nunca amou que atire a primeira pedra...
Mas meu amor 
Uma coisa eu sei, 
certo ou errado...
Eu sempre te amarei.


Sombra